Já passava um
pouco do horário combinado quando Renzo e Hanz ouviram a moto de Tatiana
estacionando na calçada.
- Deixa que eu abro o portão fiote... – disse
Renzo se levantando e indo para frente da casa.
- Deita Brutus. Fica deitado. – ordenou Hanz
ao cão que já se levantava para acompanhar o grandalhão.
Hanz estava tenso, não imaginava qual seria o
comportamento de Tatiana perto dele. Talvez ela agisse normalmente, como se
nada tivesse acontecido, assim como fazia após a primeira noite que passaram
juntos. Talvez ela continuasse maltratando-o como fizera da última vez que se
viram. Ou talvez, e esse era seu desejo, ela se desculpasse com ele e dissesse
que ela também estava desistindo do grupo e preferia passar o resto da vida com
ele desfrutando de harmonia e tranqüilidade.
Ele aguçou os ouvidos para ouvir o que ela
diria ao encontrar-se com Renzo e seu coração disparou quando ouviu-a
perguntando por ele.
Logo os dois vieram até ele e ela trazia seu
lindo sorriso estampado na face.
- Oi Hanz, tudo bem? Poxa, não sabia que ia
ter churrasco hoje... – indagou ela dando-lhe um selinho como se não mais se
lembrasse da briga que haviam tido.
- Tudo bem Tati, e você? É, eu decidi fazer
uma carninha pra gente... – gaguejou ele atônito com a atitude da garota. Teria
Deus mais uma vez atendido às suas preces? Era o que parecia...
- Pô, legal... Comigo tudo certo, não chegou
ninguém ainda, a reunião não era pra começar às quatro? Só o Renzo chegou... –
prosseguiu ela sentando-se ao seu lado e segurando em sua mão.
- É, o pessoal deve ter se atrasado um pouco,
eles devem tá chegando por aí. Tá a fim de beber alguma coisa?
- Eu queria uma cerveja, tem aí?
- Deixa que eu pego. – disse Renzo totalmente
desconcertado com a atitude da garota. Será que Hanz estava delirando ou
querendo lhe pregar alguma peça? Quem visse os dois ali juntos não imaginavam
que havia acontecido tudo aquilo que o amigo lhe contara a pouco.
Enquanto Renzo foi buscar a bebida Hanz
tentou prosseguir com a conversa e estranhou o fato de ela não tirar a jaqueta
que usava como era de seu costume fazer.
- Você não vai tirar a jaqueta não Tati? Ela
é quente pra caramba...
- Que nada, tá meio friozinho hoje, se
esquentar depois de eu tomar umas cervejas eu tiro.
Era verdade que o dia estava bastante
nebuloso e não fazia o calor de costume mas não estava tão frio para que ela a
usasse. Mas enfim, Hanz não queria dar motivos para iniciar uma discussão com a
garota por quem estava perdidamente apaixonado e resolveu não dar importância
para o fato.
Logo Renzo estava de volta com as cervejas e
os três passaram então a conversar normalmente, como sempre haviam feito.
Não demorou muito para que Cibele também
chegasse mas não houve a necessidade de que Brutus fosse confinado no fundo do
quintal pois ele estava bem mais obediente.
- O Jean ainda não chegou não? – foi sua
primeira pergunta assim que chegou até Tatiana e Hanz. Renzo parecia ter se
incumbido de ser o porteiro naquele dia.
- Ainda não, ele já deve tá chegando, senta
aí Cibele, relaxa, vamos ficar na boa ok? – solicitou Hanz percebendo o quanto
Cibele estava tensa com a idéia de encarar Jean.
- Tá Hanz, eu vou tentar, mas espero que essa
seja a última vez que eu tenha que olhar pra cara dele... – disse ela
sentando-se ao lado de Renzo e colocando nervosamente a bolsa no colo.
- Pô Ci, você sabe que não precisa disso... –
interveio Renzo, mas Hanz o interrompeu.
- Tudo bem Cibele, só vamos tentar nos manter
tranqüilos certo? Nós já conversamos bastante sobre isso, agora é com você.
Ninguém é obrigado a gostar de ninguém, mas vamos tentar ser civilizados ok?
Cibele não respondeu nada mas sua cara era de
total descontentamento.
Estranhamente Tatiana não tentou intervir em
relação à atitude da amiga como sempre fizera, mas nenhum deles deu importância
para isso.
A carne, que já estava na churrasqueira a um
certo tempo, começou a ficar no ponto e assim que começaram a comer a viúva
pareceu animar-se mais.
“Acho que o mal dela era fome...” – pensou
Hanz sorrindo e torcendo para que isso fosse verdade. As coisas pareciam estar
indo bem e ele não queria que uma discussão entre ela e Jean quebrasse a
harmonia que até então reinava.
Conversavam amenidades do dia a dia quando,
após alguns minutos, ouviram o motor do carro de Jean à frente da casa e Renzo
se encaminhou para abrir o portão mais uma vez.
Hanz novamente ficou tenso, ainda temia pela
reação de Jean sobre a notícia da dissolução do grupo, se é que ele já não
sabia dela através de Tatiana. Até então ninguém havia comentado nada sobre o
assunto e aquilo era uma incógnita. Provavelmente todos aguardassem a presença
também de Jean para que o assunto fosse abordado.
Cibele e Tatiana conversavam animadamente
enquanto Renzo foi receber o último convidado e Hanz não pôde ouvir o que se
passava na frente da casa.
A surpresa que Renzo teve deixou-o sem ação.
Jean estava com mais dois homens, que desceram de seu carro, um deles era Alex,
um dos desocupados que moravam próximo à Hanz.
- Êpa, o que tá acontecendo heim? – perguntou
truculentamente Renzo hesitando em destrancar o portão. Ser truculento era sua
especialidade.
Jean se aproximou e abriu o camisão que
usava, mostrando-lhe a pistola que portava.
- Seja bonzinho Renzo, abre aí pra gente
entrar cara...
- Essa festa é restrita Jean, você sabe disso.
O que esses caras tão fazendo com você? Principalmente esse mané aí? – insistiu
Renzo se referindo à Alex.
- Eu já disse cara, abre aí e tudo vai ficar
na boa, não engrossa não. – ameaçou Jean encarando Renzo e isso o irritava
profundamente.
- Com arminha na cintura qualquer bundão é
macho né Jean? Você sabe que se não fosse isso você e seus amiguinhos não iam
dar nem pro cheiro. – Renzo ainda os enfrentou.
- Olha Renzo, eu não tenho nada contra você
cara, abre logo essa porra desse portão, não vou falar de novo.
Renzo estava espumando de raiva, ele não
aceitava que alguém o enfrentasse daquele jeito, mas já que Jean estava armado
ele achou melhor obedecer. Não adiantava bancar o durão, naquela circunstância
seria burrice.
Hanz estranhou a demora de Renzo e cogitou em
ir até o portão para ver o que estava acontecendo, mas Tatiana pediu à ele que
ficasse com ela.
- Deixa o portão destrancado, nós não vamos
demorar muito. – disse Jean adentrando pelo quintal.
Não demorou muito para que sua curiosidade
fosse saciada, logo, Renzo, Jean, Alex e o outro rapaz vieram até eles.
- O que tá acontecendo aqui? – indagou ele se
levantando ao ver os intrusos.
- Fica sentado Hanz, fica sentado. – disse
Tatiana puxando-o de volta à cadeira.
- Vamos ficar todos calmos certo? Senta lá
Renzo. – ordenou Jean empurrando o grandalhão.
Renzo olhou-o raivosamente mas obedeceu ao
seu pedido, que na verdade era uma ordem.
- Bom, o Alex acho que o Hanz já conhece né
Hanz? Na verdade vocês não sabem disso, mas ele é meu primo. Esse outro é um
grande amigo meu, o André, eu chamei ele também pra fazer parte do nosso
esquema, se não se importam. – informou cinicamente Jean.
- Eu me importo sim Jean, e você deve saber o
porquê. Eu não vou com a cara desse sujeito e também acho que ninguém aqui tá
mais a fim de fazer parte do grupo. Se você quer continuar com eles o problema
é seu, nós estamos fora. – respondeu rispidamente Hanz que só não se levantava
porque Tatiana o segurava pelo braço.
- Fica calmo fiote, o nosso amiguinho tá
armado e os dois babacas aí também devem tá. – disse Renzo percebendo o risco
que o amigo corria.
- É Hanz, vamos todos ficar calmos, é melhor.
Não me importa se você não gosta do Alex, desavenças pessoais não cabem aqui,
nossa causa é maior que isso. Ele já me ajudou bastante nesse tempo todo em que
pedi pra ele dar uma olhada no que acontecia por aqui, engraçado como ninguém
nunca percebeu isso, mas também, do jeito que vocês são isso não me surpreende
muito.
- Sua causa Jean, sua causa, nós não estamos
mais partilhando dela, eu já disse!! Então é por isso que esse otário ficava de
olho em tudo que eu fazia né, ele é pau-mandado seu, só podia mesmo, esse
babaca... – interrompeu-o Hanz.
- Ele me disse que vocês andaram se
estranhando algumas vezes, mas bom, deixa pra lá... só que quanto à ninguém
mais querer participar mais do grupo eu acho que você tá enganado Hanz, não é
Tati?
A frase de Jean deixou Renzo e Hanz
perplexos. Tatiana estava do lado de Jean, ela não havia mudado seu pensamento.
Mas por que então ela tratara Hanz tão bem ao chegar? Provavelmente tudo já
fazia parte do plano que ela e Jean haviam tramado.
- Você Tati... o que falar de você? Nunca
imaginei que você pudesse ser falsa desse jeito, como eu me enganei tanto com
você heim? Caramba, nem sei o que falar de você, puts... – disse ele olhando-a
com raiva e puxando seu braço para livrar-se de sua mão.
- Nada, não precisa falar nada cara, agora
você só vai ouvir. – disse ela ao seu ouvido.
- E é nossa causa sim, como eu já disse Hanz.
Não me interessa o que vocês estão pensando em fazer. Uma vez no grupo, sempre
no grupo. Ninguém aqui vai desistir no meio do caminho, se começamos juntos
vamos terminar juntos. – completou Jean.
Cibele que até então olhava Jean com uma
fúria evidente se intrometeu segurando raivosamente sua bolsa entreaberta.
- Ninguém pode obrigar a gente seu filho da
mãe. Nós não queremos participar de mais nada, será que você não entendeu?
- Acho que a coisa não funciona assim não
Cibele. Nós estamos armados, vocês não. Eu vim aqui pra conversar com vocês na
boa, pra chegarmos num acordo, e espero que vocês colaborem. Isso tudo não é
uma brincadeirinha onde vocês entram e saem quando querem. E tem outra Cibele,
até agora você não teve capacidade de tomar nenhuma decisão e não vai ser agora
que vai começar. Deixa que o Hanz decide tudo, sempre foi assim não é verdade?
Você e seu maridinho que eu meti bala sempre foram os paus-mandados da turma,
continue assim certo?
Cibele rangeu os dentes de raiva mas sabia
que não podia fazer nada naquele momento.
- Ninguém aqui acha que é brincadeira meu, só
que nós não estamos mais a fim. Tudo o que a gente fez até agora não resolveu
nada, não adianta continuar com isso, pra que vamos ficar se arriscando à toa?
Até mais alguém morrer? É burrice isso, você não tá vendo? – argumentou Hanz
agarrando a coleira de Brutus como se pretendesse dar-lhe uma ordem a qualquer
momento.
- O governo pode não ter dado ouvidos às
nossas reivindicações até agora, mas uma hora ele vai ter que dar e não vamos
desistir até que isso aconteça. Lembra quando resolvemos começar tudo isso?
Todo mundo concordou que iríamos até o fim, ou seja, já que ainda não chegamos
onde queremos, não acabou, e ninguém vai sair. E tem outra coisa Hanz, segura
esse seu bicho pulguento aí e não tenta nada porque eu sei que cachorro não é a
prova de balas.
Hanz engoliu seco ao perceber que seu plano
de utilizar Brutus havia sido percebido.
Renzo estudava a situação e infelizmente
percebeu que não podia fazer nada, Jean e seus companheiros estavam distantes o
suficiente para que não pudessem ser alcançados.
- Eu sei que ele não é, mas e vocês são? –
ameaçou Hanz insinuando que eles também pudessem estar armados.
- Não Hanz, ninguém aqui é, o problema é que
só nós estamos armados, e você sabe disso. Como algum de vocês pode estar
armado se as armas que costumam usar são minhas e elas todas estão comigo? Já
te disse cara, vamos resolver isso tudo na boa, ninguém aqui precisa se
machucar, pra que dificultar as coisas? Vamos logo decidir continuar com o
esquema e tudo fica certo, é melhor você não acha?
- Você é muito burro cara, um tremendo de um
babaca. Você pode obrigar a gente a aceitar sua idéia agora, mas como vai poder
manter a gente na sua mira o tempo todo? Vão ficar tomando conta da gente? –
perguntou Renzo.
- É Renzo, não dá mesmo, mas o que vocês vão
fazer? Vão reclamar pra polícia? Todo mundo tá metido nisso até o pescoço, se
fizerem isso todo mundo vai rodar. Não tem nada que vocês possam fazer, é só
seguir com o grupo e tudo vai dar certo. Poxa, vocês vão deixar a carne queimar
e não vão dar pra gente não é? – disse Jean indo na direção da churrasqueira,
aproximando-se dessa forma de Hanz.
O dono da casa ameaçou partir pra cima dele,
mas o que se seguiu deixou-o ainda mais estarrecido: Tatiana sacou uma pistola
que estava debaixo da jaqueta e colocou em seu peito.
- Não tenta nada Hanz, eu não quero machucar
você. – disse ela baixinho.
- Digamos que a recíproca não seja verdadeira...
– rebateu ele olhando-a dentro dos olhos.
Jean retirando as carnes do espeto e
colocando-as no prato terminou de exterminar o sentimento que Hanz tinha pela
garota.
- Ah, que é isso... Vocês formavam um
casalzinho tão lindo, por que vão ficar brigando por minha causa agora? Acho
que eu é quem deveria tá puto com você Hanz, afinal de contas, quem tá dando
uns pegas na minha mulher é você não é?
Hanz teve ímpetos de levantar e acabar com
Jean, mas a arma que estava encostada em seu peito fazia com que ele desistisse
da idéia.
- Você é uma piranha mesmo heim Tatiana,
cadela miserável!! – disse Renzo tirando as palavras da boca do amigo.
- Piranha Renzo? Posso até ser mesmo, mas bem
que você sempre foi louco pra passar uma noite com a piranha não é? Aposto que
a piranha aqui é bem melhor do que a babaca da sua namorada, seu otário. –
disse ela sorrindo maliciosamente.
Hanz estava perturbado, será mesmo que o
amigo que ele tanto estimava havia tentado alguma coisa com Tatiana e não havia
lhe dito nada? Ficou zonzo, era muita coisa atingindo-o ao mesmo tempo...
- Olha lá como você fala da minha garota
Renzo, mais respeito cara. Vocês é que são um bando de otários, principalmente
você Hanz. Você acha mesmo que a Tatiana, uma mulher do naipe dela, algum dia
ia se apaixonar por um trouxa feito você? Um otário que acredita em Deus, que
procura fazer o bem, ajudar os outros, ser o amigo pra todas as horas e blá,
blá, blá? Porra, fala sério né cara!! Acorda!! Você é muito otário mesmo!! –
disse Jean rindo e voltando para junto dos companheiros com o prato de carne.
- O engraçado é que você é muito machão com
sua arma na cintura né Jean? Será que você ia bancar o machão assim desarmado?
Duvido que fizesse isso, você é um bosta!! – gritou Cibele enraivecida.
Hanz percebia que seus olhos se turvavam. Não
sabia explicar o porquê, mas não estava passando bem. Provavelmente a comoção o
afetara mais do que ele era capaz de suportar.
- Eu, um bosta? E o seu maridinho Cibele? Ele
não era um bosta? Você tinha que ver a cara dele quando eu acertei o peito
dele... Nossa, ele sim era valente!! Um filho da mãe drogado que colocou todos
nós em risco, ele sim era um bosta, um fraco!! O filho da mãe ficou louco e
quase ferrou com a gente, ele mereceu mesmo ir pro saco... – disse ele
sarcasticamente.
- Mas ele não precisava de uma arma pra ser
valente como você precisa, ele era e sempre será muito mais homem do que você
seu lixo!! – gritou novamente ela segurando para não chorar.
- Tá, tá bom. O papo tá muito divertido mas
tô vendo que minha idéia de chegarmos à um consenso não deu certo. É uma pena,
vocês até que trabalham direitinho. E agora, o que vamos fazer heim? Vocês
sabem demais e já que não querem colaborar com a gente não vou poder deixar
vocês assim, na boa. – disse Jean ameaçadoramente.
- Você ou é louco ou é burro cara. Como você
mesmo disse: por que a gente ia jogar areia no seu esquema se fazendo isso a
gente mesmo iria se ferrar? Você não pensa nisso não? – tenta argumentar Renzo
diante da ameaça.
- Acaba logo com esse bando de bundão Jean e
vamos sair logo fora daqui. – fala Alex já impaciente.
- Fiu, reza pra eu não pegar você de jeito
porque se eu te pegar... – retruca Renzo olhando-o com ódio.
- Acho que você não vai ter essa chance não
otário. – ameaça Alex.
- Não precisa ter pressa Alex, vamos curtir o
momento... Deve ter cerveja lá dentro, alguém aí tá a fim? Quando eu fumo eu
fico doido pra beber alguma coisa... – disse Jean entregando o prato para
André, acendendo um cigarro, como de costume, e indo para a cozinha passando
novamente perto de Hanz que estava abaixado sobre os joelhos.
Ninguém respondeu nada, todos só ficaram
olhando para Jean.
- Pelo visto só eu tô com sede... – disse ele
entrando na casa.
Renzo teve um pouco mais de tempo para pensar
em alguma coisa.
“A arma da Tati tá sem o silenciador, a de Jean e a dos
outros caras também devem tá porque não dá pra ficar com a arma na cintura com
ele, é muito grande. Eles não vão se arriscar a atirar sem usar ele, a vizinhança
toda estaria aqui no portão assim que dessem o primeiro tiro, acho que dá pra
fazer alguma coisa.” – pensou.
Cibele olhava para ele como que implorando
que fizesse alguma coisa. Numa luta corporal só Renzo podia encarar os caras
que os ameaçavam.
Um flash passou pela cabeça de Renzo naquele
instante. Bianca... seus pais... todos lhe vieram à mente. O único que estava
em condições de fazer alguma coisa era
ele, Hanz tinha uma arma apontada em seu peito e Cibele não teria como lutar.
Seus amigos dependiam dele naquele momento, mas e se alguma coisa desse errado?
De qualquer forma tudo levava a crer que Jean os mataria a qualquer momento e,
se ele morresse, ao menos seria lutando e não esperando pacificamente que seu
fim chegasse...
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