Apesar do tempo nublado a tarde estava bastante quente, Hanz não
conseguia esconder a ansiedade pela chegada daquela noite, as horas pareciam
não passar e enquanto dava uma ajeitada em suas coisas aproveitava para manter
a mente distraída daquele assunto.
A mensagem que seria enviada aos
destinatários de costume já estava pronta e o rapaz aproveitava para dar uma
repassada na mesma:
<<POR QUE TANTA INSISTÊNCIA EM NÃO NOS
LEVAR A SÉRIO? HOJE TIRAMOS A LUZ DA SOCIEDADE, AMANHÃ PODEMOS APAGAR A LUZ DE
ALGUMAS VIDAS. HÁ A NECESSIDADE DE HAVER DERRAMAMENTO DE SANGUE PARA QUE
SEJAMOS OUVIDOS? SABEMOS QUE EM APENAS UM DIA AS COISAS NÃO SERÃO RESOLVIDAS,
ENTRETANTO, NOS CONTENTAMOS EM PERCEBER BOA VONTADE DA SUA PARTE E RESPEITO
PARA COM A NOSSA CAUSA, QUE É A CAUSA DA NAÇÃO COMO UM TODO.>>
- Espero que a gente não precise fazer nada
mais drástico, mas tá chegando a hora que isso será inevitável e não vai dar
pra conter a decisão do grupo. – afirmou consigo mesmo Hanz, desolado com essa
perspectiva eminente.
Pelos latidos de Brutus e o som da buzina foi
possível perceber a chegada de Renzo que com certeza haveria de estar tão
ansioso quanto ele.
- E aí meu, tá perdido por aqui fiote? –
cumprimentou Hanz abrindo o portão e tentando disfarçar sua angústia.
Sempre gozador, Renzo não perdeu a
oportunidade:
- Tá aprendendo a falar igual eu é? Não fica
querendo copiar meu charme não...
- Ixi meu, nem percebi. Deve ser a
convivência, entra aí...
Enquanto brincava com o cachorro que sempre
fazia festa quando ele chegava, Renzo convida o amigo para sair.
- Ah meu, sei lá heim. O que tem de bom pra
fazer a essa hora? – eram quase dezesseis horas.
- Vamos dar um rolê na avenida fiu, ver o
movimento, olhar as menininhas, tomar uma cerveja...
- Porra Renzo, que programinha heim... Mas e
a sua mina? Esqueceu dela é?
- Deixa isso de lado fiu, tô vendo que logo, logo
eu fico solteiro. Esse namoro tá me dando nos nervos já...
- Vocês dois heim... Bom, você já sabe o que
eu penso. Uma cerveja vai cair bem, deixa eu fechar a casa e trocar de roupa
que a gente vai pra lá então. É bom dar uma distraída antes do esquema, o
negócio hoje não vai ser fácil não. – disse Hanz entrando.
- Isso aí, gostei de ver!! Nem rola ficar em
casa nessa tensão fiu, e esses programinhas de domingo na televisão estão cada
dia piores. Se troca lá rapidinho enquanto eu espanco esse “cara-preta”
folgado. – divertia-se Renzo brincando com Brutus, que a essa altura já tinha
arranhado muito Renzo.
Foram com o carro do amigo mesmo diante da
preocupação de Hanz em deixar seu jipe na rua, mas ele tinha alarme e o lugar
era tranqüilo, não havia muito risco.
Após uma meia-hora encontraram um lugar para
estacionar naquela movimentada avenida, onde os jovens encontravam-se nos
finais de semana para curtir a tarde com a turma.
Compraram
algumas latas de cerveja e ficaram encostados no carro conversando e
vendo a movimentação do lugar.
- Essa noite aconteceu uma coisa que me
deixou um pouco encucado Renzo...
- O que foi fiu? Teve sonhos eróticos com
homem é? – ria-se o grandalhão que por vezes parecia não levar nada a sério.
- Puts meu, você é louco mesmo. Não é nada
disso. É que aconteceu o seguinte: eu fiquei na internet até quase hoje cedo
conversando com um cara, inclusive, ele quem veio falar comigo. O estranho é
que em algumas vezes parecia que ele sabia de alguma coisa meu...
- Como assim? O que ele te disse?
- Diretamente não disse nada, mas do nada ele
entrou no assunto das ações que vêem acontecendo e parecia interessado demais
na minha opinião a respeito. Eu me fingi de besta mas achei estranho esse
interesse dele. Tanto assunto pra puxar e ele me veio justo com esse.
- Que nada fiu, isso é paranóia sua. Devia
ser algum gay puxando papo contigo e por coincidência escolheu esse assunto.
Todo mundo só tá falando disso fiu, não teria como ele saber de alguma coisa,
muito difícil de isso acontecer.
- É
meu, pode ser, mas na hora fiquei cismado, mas deve ser isso mesmo. Ei,
olha só quem tá passando lá. – disse Hanz apontando com a cabeça para Tatiana
que subia com sua moto pelo outro lado da avenida.
- Olha só, é a gostosinha da Tati. Ela nem
viu a gente heim... onde será que ela tá indo?
- Não faço idéia. Deve tá indo na casa de
alguma amiga, sei lá. Todo mundo deve tá na pilha a essa hora, procurando
alguma coisa relaxar um pouco.
- Ow Hanz, dá uns pegas nela fiu, o que que
tem? Não sei porque você fica com essas frescuras fiote, dá até pra desconfiar
que você não gosta da coisa... – insistia Renzo no eterno assunto.
- Porra meu, nem brinca com isso, você tá me
estranhando é? Tá louco? Você fala tanto, porque você não chega logo nela e me
deixa fora disso? – Hanz fica irritado com o assunto.
- Se eu fosse sozinho eu pegava mesmo, sem
piscar, mas você sabe que eu tenho namorada fiote. Porra, não fica nervoso não
fiu, eu só falo isso porque acho você muito sozinho, sei lá, às vezes acho você
meio triste fiote. Tá longe da família, não tem namorada, sei lá, eu só falo
pro seu bem, não é pra sacanear não fiu.
- Tá certo meu, já que você quer mesmo saber
então, eu já dei meu. Já dei uns pegas nela, e foi uma vez pra nunca mais!!!
Renzo até engasgou com a cerveja que tomava
diante da revelação do amigo, ele realmente ficou surpreendido, jamais
imaginara aquilo.
- O que Hanz? Vai dizer que você saiu com a
Tati? E nunca me disse nada? Mas que maldito duas-caras você é heim!!!! Nem
contou pra mim pô!!!!
Em tom sarcástico, como se já previsse a
reação do amigo, Hanz prossegue:
- Nem precisei sair, foi lá em casa mesmo,
mas esquece isso meu, nem vale a pena lembrar disso. Não te contei porque pra
mim não teve a menor importância, só por isso.
- Por que fiote? Não foi legal não? Conta aí
fiu, agora eu quero saber... ela não é boa não? É propaganda enganosa é? –
Renzo parece uma criança perguntando por um brinquedo recém-lançado, seus olhos
até brilham tamanha a curiosidade.
- Não é isso meu, é que esse papo de
“free-lance” não dá muito certo comigo não e era só isso que ela queria
entende? Não tava a fim de uma coisa séria, só queria passatempo e eu não sou
desse tipo. Isso acho que você já deve saber pelo tanto que me conhece.
- É, eu conheço mesmo fiote, você é meio
caretão pra essas coisas mesmo. Mas vai dizer agora que você queria casar com a
esquisitinha é? – gozava Renzo com a cara de Hanz que somente com o olhar já
reprovava o comentário infeliz do amigo.
- Sei lá fiu, cada um com seus gostos, mas eu
não curtiria esse tipo de vida que você leva. Chegar nos finais de semana e não
fazer nada, só ficar em casa lendo, mexendo no computador, sem ter alguém pra
trocar uma idéia... Eu gosto de ter sempre alguém em quem pensar, em ter alguém
com quem me preocupar, eu não gosto de viver sozinho, nunca gostei. Mas sei lá,
eu vejo que você curte, só que ainda assim eu acho estranho...
- É que você nunca experimentou isso Renzo,
nunca teve essa liberdade. Liberdade de fazer o que quer, quando e como quer.
Comer na hora que quiser e o que quiser, não ter obrigação nenhuma, só a do
serviço é claro. É uma coisa que não tem preço meu, não ter que ficar dando
satisfação da sua vida pra ninguém, sem ninguém pra controlar sua vida... Eu
adoro isso, não troco isso por nada.
- É, eu imagino que seja legal mesmo fiote.
Eu não sinto falta porque nunca vivi assim, sempre morei com meus pais e tal.
Tudo bem que eles não me controlam quase nada, mas acho que sei do que você
está falando. Mas mesmo assim, não sente falta de uma garota com você e tals?
- Bom, tem horas que o tesão fala alto,
praticamente grita, isso eu não vou negar, mas sei lá... Quando se arruma uma
namorada a gente tem com quem transar e tal, satisfazer essa vontade, mas junto
com isso você perde muito dessa liberdade que estou te dizendo. Quando se está
com alguém pinta cobrança. Sempre te ligando quando na verdade você quer estar
esquecido do mundo, sei lá, eu acho que não compensa. Quando morava com minha
família sentia muito a falta disso, dessa liberdade, dessa independência, mesmo
nunca tendo vivido assim, mas sentia falta. Me incomodava estar no meu quarto
envolvido com minhas coisas e vir minha mãe bater na porta perguntando se eu
não ia comer, sabe como é? Não que ela fizesse por mal, mas me irritava muito
isso e agora não tenho mais que me preocupar com esse tipo de coisa meu. Se eu
quiser comer eu como, se não quiser não como. Não sou interrompido, qualquer
coisa é só tirar o telefone do gancho e já era...
- É, namorada é fogo mesmo fiote, tem essas
cobranças, se bem que a Bianca e eu somos bem tranqüilos com isso, temos nossa
liberdade e tal. O engraçado é que muitas vezes eu sinto falta exatamente disso
que você quer evitar: essa cobrança, essas ligações fora de hora... Às vezes dá
a impressão que ela não liga muito pro namoro entende? É uma coisa mais carnal,
de pele mesmo, não temos aquela comunhão de idéia e pensamentos entende? Tanto
é que todo mundo não entende o motivo de estarmos juntos, você mesmo não entende.
Mas nos damos bem na cama, estamos felizes juntos, mesmo envolvidos
praticamente pro causa do sexo só.
- É como eu digo meu: cada um é cada um.
- Mas se a Tatiana tá a fim de apenas umas
“ficadas” esporádicas seria o tipo de relacionamento que você tá a fim fiote.
Só um sexozinho de vez em quando, sem cobranças, sem compromisso... Por que não
entra na dela e fica sossegado?
Hanz pensa um pouco...
- Sei lá meu. É complicado. É como você
disse, se eu estivesse procurando somente alguém pra transar de vez em quando a
proposta dela seria exatamente o que eu estaria procurando, mas pra isso eu não
poderia me envolver com ela, e o problema é que eu não consigo ficar sem me
envolver e acabo me apegando, ou seja, acabo namorando da maneira convencional
com as cobranças e tudo o mais que eu não quero ter nesse momento. É
complicado, nem eu me entendo às vezes, mas é isso.
- Sendo assim você prefere ficar sozinho pra
preservar esse seu estilo de vida...
- É isso aí Renzo. Como eu disse, essa liberdade
e independência que tenho não tem preço. Sempre sonhei com isso e agora que
finalmente conquistei quero curti por um bom tempo.
- Tá certo fiu, agora eu entendo um pouco
melhor você...
Cessaram um pouco a conversa e distraíram-se
com outras coisas pois era visível que o assunto de Tatiana não agradava nada
Hanz e o amigo percebeu isso, resolvendo deixar o assunto de lado, ao menos por
hora.
- São trinta segundos até a detonação após
serem ativadas, será que as meninas dão conta? – indaga Renzo, pensativo,
observando o movimento incessante da avenida.
- Eu acho que dão sim meu, que mania essa sua
de achar que as mulheres são inferiores. Século vinte e um meu, acorda!!! Não
tem lugar pra preconceito mais não!!!!
- Pô fiu, não é isso não, é que pra mim é
estranho. Eu sempre conheci a Cibele como sendo mãe de família e tal, fico meio
com o pé atrás vendo ela mexer com essas coisas. – explicou-se Renzo
finalizando a segunda cerveja.
- Ah sim, entendi agora, mas vai dar tudo
certo, fica frio. O produto é nervoso, tem que tomar cuidado, mas não vai ter
problema não, pelo menos é pelo que todos estamos torcendo. As instruções já
foram dadas e pelo que eu vi todo mundo entendeu tudo certinho. Se elas
tivessem alguma dúvida teriam perguntado pro Jean na hora que ele explicou.
- É, tomara,
A Tati com aquele jeitão dela eu nem esquento, mas com a Ci eu fico meio
“assim” ainda, mas sei lá, é só preocupação mesmo. Normal...
- Eu tanto confio na Cibele que vou deixar
ela usar meu carro no esquema hoje.
- Sério? Pô, eu deixo o meu com ela e você
deixa o jipão comigo então, pode ser? Imagina eu chegando no trampo mais tarde
dirigindo o bichão? – brincava Renzo.
Hanz olha pro amigo que se diverte com a
idéia, mas mantém a seriedade da conversa.
- É melhor usar o alugado aqui na cidade
mesmo pra não despertar suspeita em relação à quilometragem, ou seja, eu terei
que usá-lo e daí sobra o jipe pra ela. Devia ter pensado nisso antes, mas só
hoje me veio isso na cabeça.
- Mas será que ela tem os dons de dirigir o
seu? O bicho é grande, não deve ser fácil não, ainda mais pra ela que não tá
acostumada.
- Não sei, espero que sim. Tem algumas
diferenças, mas nada assim de tão estranho. É fácil pegar o jeito, acho que ela
dirige na boa sim. E se ela der alguma ralada, o bichão tem seguro, não tem
problema não.
- Certo, então tá tranqüilo. Mas fica de pé a
minha proposta, qualquer coisa pode deixar o bichão comigo. Me diz uma coisa:
ela já sabe disso? Ela é medrosa pra dirigir...
- Nem disse nada pra ela ainda meu. Quando
ela for buscar o carro hoje ela fica sabendo. Só espero que o babaca do marido
dela não venha me perturbar por causa disso também. Já não tenho mais paciência
com esse sujeito, já deu já.
- É, sei lá fiu, o Paulo anda muito estranho,
não sei o que ele pode achar disso, ele nem parece mais o mesmo, implica com
tudo. Até comigo ele anda esquisito ultimamente. Mas com quem será que eles vão
deixar o moleque?
- Não sei não meu, nem perguntei. Isso já é
com eles, só faltava quererem que eu ajeite isso pra eles também né? O Paulo tá
puto porque vai ficar de fora desse esquema de hoje também, mas pô, precisa
ficar escroto desse jeito? O cara parece criança... agora tá com umas idéias de
me chamar de “mano”... Nossa, se você soubesse como eu odeio isso.
- Eu também não curto não fiu, mas comigo ele
não fica com essas palhaçadas não, ele sabe que eu não curto.
O telefone de Hanz toca, é Jean.
- E aí Jean, o que você manda?
- Tudo sossegado cara, só estou ligando pra
avisar que eu liguei pra Cibele pra ver se tava tudo certo em relação ao
esquema de hoje e pra variar o Paulo não estava em casa e a Cibele estava
preocupada com ele. Se você tiver alguma notícia do cara me dá um toque.
- Eu tô aqui na avenida com o Renzo
espairecendo um pouco, se ele aparecer por aqui eu te aviso sim. Mas nem
esquenta Jean, ele anda fazendo isso todo dia, eu já tinha te avisado.
- É, eu sei. O cara tá xarope mesmo. Em todo
caso me avisem se tiverem alguma notícia dele, tô com uma sensação esquisita em
relação à esse cidadão.
- Sei, eu também não curto nada esses papo
dele, mas comigo eu sei que é pessoal... Bom, o importante é que tudo tá
correndo dentro do programado, hoje à noite o bicho vai pegar.
- Hoje é o dia cara. Tô na maior tensão aqui.
Só fico preocupado com o Paulo, às vezes fico preocupado com o cara, de ele
ferrar com a gente, mas acho isso difícil, se ferrar com a gente ele tá
ferrando com a mulher dele também.
- Com certeza Jean, e outra, isso aí é
frescura do cara, ele tá puto porque não vai agir de novo, tenho certeza que
não vai dar em nada isso, é pura frescura mesmo. Já me preocupei muito com ele
também, mas pelo que andei investigando o cara tá é de babaquice mesmo, nem dá
nada não.
- Tomara cara, tomara. Mas beleza então, só
queria te avisar disso. A Cibele disse que assim que ele chegasse eles
desceriam na sua casa pra ela pegar o carro que vai usar hoje. De noite eu te
dou um toque pra confirmar p horário da minha saída. Um abraço cara.
Hanz resume pra Renzo a conversa e resolve atravessar
a avenida pra comprar um cachorro quente, estava ficando com fome já.
Renzo não aceita o convite pois não costuma
comer enquanto bebe e fica esperando o amigo voltar, o que não demora muito.
Ficaram alguns instantes em silêncio, Hanz
saboreando já o segundo cachorro-quente e Renzo a sua cerveja, observando o
movimento.
O congestionamento nos dois sentidos da
avenida era enorme, sem dizer do fluxo de pedestres, pessoas subindo e
descendo, cumprimentando os conhecidos, som alto nos carros lustrados, mulheres
bonitas desfilando pra lá e pra cá, grupos de skatistas, roqueiros, rappers e
afins circulando em meio à multidão, enfim, a típica diversão de uma cidade
interiorana.
Parecia que toda a cidade estava lá.
- Fiote, e aqueles sonhos que você teve?
Nunca mais teve nada daquilo?
- Não, foi só aquela vez que eu te disse.
Tinha até me esquecido um pouco daquilo. Foi muito estranho cara, fiquei
bastante impressionado com ele, mas não aconteceu mais.
- Bom, então se eram algum tipo de sinal parece
que não há mais necessidade dele. Assim espero, eu fiquei meio cismado com
aquilo tudo também.
- Ou então já consideram o recado como dado,
agora é com a gente, entendermos o que quiseram dizer e colocar em prática...
Renzo ficou olhando para o amigo com ar
preocupado, enquanto ele terminava seu lanche.
Permaneceram silenciosos por alguns
instantes, cada um absorto em seus pensamentos, admirando o vai e vem de carros
e pessoas.
- Meu, é a quarta vez que esse cara sobe a
avenida. – comentou Hanz referindo-se à um carro preto que acabara de passar
por eles.
- É assim mesmo, esses caras não tem nada pra
fazer e ficam queimando gasolina à toa pra lá e pra cá. O dinheiro deve ser do
papai mesmo, pra que se preocupar?
- Esses boyzinhos são uma bosta mesmo. Em vez
de pegar o carro e ficar curtindo na boa igual a gente, arrumar uma garota e
ficar na boa, preferem ficar pra cima e pra baixo feito uns tontos.
- É fogo mesmo fiote. Esses babacas só focam
exibindo o carro que o papai deu pra eles, depois que chega um e enfia uma arma
na boca deles daí eles falam que não tem sorte.
- Quer saber Renzo, vamos sair fora? Vamos
pra casa porque isso tá me enojando já. Não tenho estômago pra isso aqui não
meu, na boa.
- Beleza fiote, eu também empapucei, e
imagino como você deve estar ansioso com a parada, aliás, a Cibele deve
aparecer por lá pra pegar o carro, se é que já não está por lá.
- Verdade meu, vamos nessa então. Você tá bem
pra dirigir?
- Fala sério né Hanz, essa cerveja não fez
nem efeito!!!!
Os dois resolvem voltar para a casa de Hanz.
Infelizmente isso demoraria um pouco pois até conseguirem sair daquele
congestionamento...
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