terça-feira, 1 de abril de 2014

Capítulo XXVII

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  Apesar do tempo nublado a tarde estava bastante quente, Hanz não conseguia esconder a ansiedade pela chegada daquela noite, as horas pareciam não passar e enquanto dava uma ajeitada em suas coisas aproveitava para manter a mente distraída daquele assunto.

  A mensagem que seria enviada aos destinatários de costume já estava pronta e o rapaz aproveitava para dar uma repassada na mesma:
  <<POR QUE TANTA INSISTÊNCIA EM NÃO NOS LEVAR A SÉRIO? HOJE TIRAMOS A LUZ DA SOCIEDADE, AMANHÃ PODEMOS APAGAR A LUZ DE ALGUMAS VIDAS. HÁ A NECESSIDADE DE HAVER DERRAMAMENTO DE SANGUE PARA QUE SEJAMOS OUVIDOS? SABEMOS QUE EM APENAS UM DIA AS COISAS NÃO SERÃO RESOLVIDAS, ENTRETANTO, NOS CONTENTAMOS EM PERCEBER BOA VONTADE DA SUA PARTE E RESPEITO PARA COM A NOSSA CAUSA, QUE É A CAUSA DA NAÇÃO COMO UM TODO.>>
  - Espero que a gente não precise fazer nada mais drástico, mas tá chegando a hora que isso será inevitável e não vai dar pra conter a decisão do grupo. – afirmou consigo mesmo Hanz, desolado com essa perspectiva eminente.
  Pelos latidos de Brutus e o som da buzina foi possível perceber a chegada de Renzo que com certeza haveria de estar tão ansioso quanto ele.
  - E aí meu, tá perdido por aqui fiote? – cumprimentou Hanz abrindo o portão e tentando disfarçar sua angústia.
  Sempre gozador, Renzo não perdeu a oportunidade:
  - Tá aprendendo a falar igual eu é? Não fica querendo copiar meu charme não...
  - Ixi meu, nem percebi. Deve ser a convivência, entra aí...
  Enquanto brincava com o cachorro que sempre fazia festa quando ele chegava, Renzo convida o amigo para sair.
  - Ah meu, sei lá heim. O que tem de bom pra fazer a essa hora? – eram quase dezesseis horas.
  - Vamos dar um rolê na avenida fiu, ver o movimento, olhar as menininhas, tomar uma cerveja...
  - Porra Renzo, que programinha heim... Mas e a sua mina? Esqueceu dela é?
  - Deixa isso de lado fiu, tô vendo que logo, logo eu fico solteiro. Esse namoro tá me dando nos nervos já...
  - Vocês dois heim... Bom, você já sabe o que eu penso. Uma cerveja vai cair bem, deixa eu fechar a casa e trocar de roupa que a gente vai pra lá então. É bom dar uma distraída antes do esquema, o negócio hoje não vai ser fácil não. – disse Hanz entrando.
  - Isso aí, gostei de ver!! Nem rola ficar em casa nessa tensão fiu, e esses programinhas de domingo na televisão estão cada dia piores. Se troca lá rapidinho enquanto eu espanco esse “cara-preta” folgado. – divertia-se Renzo brincando com Brutus, que a essa altura já tinha arranhado muito Renzo.
  Foram com o carro do amigo mesmo diante da preocupação de Hanz em deixar seu jipe na rua, mas ele tinha alarme e o lugar era tranqüilo, não havia muito risco.
  Após uma meia-hora encontraram um lugar para estacionar naquela movimentada avenida, onde os jovens encontravam-se nos finais de semana para curtir a tarde com a turma.
  Compraram  algumas latas de cerveja e ficaram encostados no carro conversando e vendo a movimentação do lugar.
  - Essa noite aconteceu uma coisa que me deixou um pouco encucado Renzo...
  - O que foi fiu? Teve sonhos eróticos com homem é? – ria-se o grandalhão que por vezes parecia não levar nada a sério.
  - Puts meu, você é louco mesmo. Não é nada disso. É que aconteceu o seguinte: eu fiquei na internet até quase hoje cedo conversando com um cara, inclusive, ele quem veio falar comigo. O estranho é que em algumas vezes parecia que ele sabia de alguma coisa meu...
  - Como assim? O que ele te disse?
  - Diretamente não disse nada, mas do nada ele entrou no assunto das ações que vêem acontecendo e parecia interessado demais na minha opinião a respeito. Eu me fingi de besta mas achei estranho esse interesse dele. Tanto assunto pra puxar e ele me veio justo com esse.
  - Que nada fiu, isso é paranóia sua. Devia ser algum gay puxando papo contigo e por coincidência escolheu esse assunto. Todo mundo só tá falando disso fiu, não teria como ele saber de alguma coisa, muito difícil de isso acontecer.
  - É  meu, pode ser, mas na hora fiquei cismado, mas deve ser isso mesmo. Ei, olha só quem tá passando lá. – disse Hanz apontando com a cabeça para Tatiana que subia com sua moto pelo outro lado da avenida.
  - Olha só, é a gostosinha da Tati. Ela nem viu a gente heim... onde será que ela tá indo?
  - Não faço idéia. Deve tá indo na casa de alguma amiga, sei lá. Todo mundo deve tá na pilha a essa hora, procurando alguma coisa relaxar um pouco.
  - Ow Hanz, dá uns pegas nela fiu, o que que tem? Não sei porque você fica com essas frescuras fiote, dá até pra desconfiar que você não gosta da coisa... – insistia Renzo no eterno assunto.
  - Porra meu, nem brinca com isso, você tá me estranhando é? Tá louco? Você fala tanto, porque você não chega logo nela e me deixa fora disso? – Hanz fica irritado com o assunto.
  - Se eu fosse sozinho eu pegava mesmo, sem piscar, mas você sabe que eu tenho namorada fiote. Porra, não fica nervoso não fiu, eu só falo isso porque acho você muito sozinho, sei lá, às vezes acho você meio triste fiote. Tá longe da família, não tem namorada, sei lá, eu só falo pro seu bem, não é pra sacanear não fiu.
  - Tá certo meu, já que você quer mesmo saber então, eu já dei meu. Já dei uns pegas nela, e foi uma vez pra nunca mais!!!
  Renzo até engasgou com a cerveja que tomava diante da revelação do amigo, ele realmente ficou surpreendido, jamais imaginara aquilo.
  - O que Hanz? Vai dizer que você saiu com a Tati? E nunca me disse nada? Mas que maldito duas-caras você é heim!!!! Nem contou  pra mim pô!!!!
  Em tom sarcástico, como se já previsse a reação do amigo, Hanz prossegue:
  - Nem precisei sair, foi lá em casa mesmo, mas esquece isso meu, nem vale a pena lembrar disso. Não te contei porque pra mim não teve a menor importância, só por isso.
  - Por que fiote? Não foi legal não? Conta aí fiu, agora eu quero saber... ela não é boa não? É propaganda enganosa é? – Renzo parece uma criança perguntando por um brinquedo recém-lançado, seus olhos até brilham tamanha a curiosidade.
  - Não é isso meu, é que esse papo de “free-lance” não dá muito certo comigo não e era só isso que ela queria entende? Não tava a fim de uma coisa séria, só queria passatempo e eu não sou desse tipo. Isso acho que você já deve saber pelo tanto que me conhece.
  - É, eu conheço mesmo fiote, você é meio caretão pra essas coisas mesmo. Mas vai dizer agora que você queria casar com a esquisitinha é? – gozava Renzo com a cara de Hanz que somente com o olhar já reprovava o comentário infeliz do amigo.
  - Sei lá fiu, cada um com seus gostos, mas eu não curtiria esse tipo de vida que você leva. Chegar nos finais de semana e não fazer nada, só ficar em casa lendo, mexendo no computador, sem ter alguém pra trocar uma idéia... Eu gosto de ter sempre alguém em quem pensar, em ter alguém com quem me preocupar, eu não gosto de viver sozinho, nunca gostei. Mas sei lá, eu vejo que você curte, só que ainda assim eu acho estranho...
  - É que você nunca experimentou isso Renzo, nunca teve essa liberdade. Liberdade de fazer o que quer, quando e como quer. Comer na hora que quiser e o que quiser, não ter obrigação nenhuma, só a do serviço é claro. É uma coisa que não tem preço meu, não ter que ficar dando satisfação da sua vida pra ninguém, sem ninguém pra controlar sua vida... Eu adoro isso, não troco isso por nada.
  - É, eu imagino que seja legal mesmo fiote. Eu não sinto falta porque nunca vivi assim, sempre morei com meus pais e tal. Tudo bem que eles não me controlam quase nada, mas acho que sei do que você está falando. Mas mesmo assim, não sente falta de uma garota com você e tals?
  - Bom, tem horas que o tesão fala alto, praticamente grita, isso eu não vou negar, mas sei lá... Quando se arruma uma namorada a gente tem com quem transar e tal, satisfazer essa vontade, mas junto com isso você perde muito dessa liberdade que estou te dizendo. Quando se está com alguém pinta cobrança. Sempre te ligando quando na verdade você quer estar esquecido do mundo, sei lá, eu acho que não compensa. Quando morava com minha família sentia muito a falta disso, dessa liberdade, dessa independência, mesmo nunca tendo vivido assim, mas sentia falta. Me incomodava estar no meu quarto envolvido com minhas coisas e vir minha mãe bater na porta perguntando se eu não ia comer, sabe como é? Não que ela fizesse por mal, mas me irritava muito isso e agora não tenho mais que me preocupar com esse tipo de coisa meu. Se eu quiser comer eu como, se não quiser não como. Não sou interrompido, qualquer coisa é só tirar o telefone do gancho e já era...
  - É, namorada é fogo mesmo fiote, tem essas cobranças, se bem que a Bianca e eu somos bem tranqüilos com isso, temos nossa liberdade e tal. O engraçado é que muitas vezes eu sinto falta exatamente disso que você quer evitar: essa cobrança, essas ligações fora de hora... Às vezes dá a impressão que ela não liga muito pro namoro entende? É uma coisa mais carnal, de pele mesmo, não temos aquela comunhão de idéia e pensamentos entende? Tanto é que todo mundo não entende o motivo de estarmos juntos, você mesmo não entende. Mas nos damos bem na cama, estamos felizes juntos, mesmo envolvidos praticamente pro causa do sexo só.
  - É como eu digo meu:  cada um é cada um.
  - Mas se a Tatiana tá a fim de apenas umas “ficadas” esporádicas seria o tipo de relacionamento que você tá a fim fiote. Só um sexozinho de vez em quando, sem cobranças, sem compromisso... Por que não entra na dela e fica sossegado?
  Hanz pensa um pouco...
  - Sei lá meu. É complicado. É como você disse, se eu estivesse procurando somente alguém pra transar de vez em quando a proposta dela seria exatamente o que eu estaria procurando, mas pra isso eu não poderia me envolver com ela, e o problema é que eu não consigo ficar sem me envolver e acabo me apegando, ou seja, acabo namorando da maneira convencional com as cobranças e tudo o mais que eu não quero ter nesse momento. É complicado, nem eu me entendo às vezes, mas é isso.
  - Sendo assim você prefere ficar sozinho pra preservar esse seu estilo de vida...
  - É isso aí Renzo. Como eu disse, essa liberdade e independência que tenho não tem preço. Sempre sonhei com isso e agora que finalmente conquistei quero curti por um bom tempo.
  - Tá certo fiu, agora eu entendo um pouco melhor você...
  Cessaram um pouco a conversa e distraíram-se com outras coisas pois era visível que o assunto de Tatiana não agradava nada Hanz e o amigo percebeu isso, resolvendo deixar o assunto de lado, ao menos por hora.
  - São trinta segundos até a detonação após serem ativadas, será que as meninas dão conta? – indaga Renzo, pensativo, observando o movimento incessante da avenida.
  - Eu acho que dão sim meu, que mania essa sua de achar que as mulheres são inferiores. Século vinte e um meu, acorda!!! Não tem lugar pra preconceito mais não!!!!
  - Pô fiu, não é isso não, é que pra mim é estranho. Eu sempre conheci a Cibele como sendo mãe de família e tal, fico meio com o pé atrás vendo ela mexer com essas coisas. – explicou-se Renzo finalizando a segunda cerveja.
  - Ah sim, entendi agora, mas vai dar tudo certo, fica frio. O produto é nervoso, tem que tomar cuidado, mas não vai ter problema não, pelo menos é pelo que todos estamos torcendo. As instruções já foram dadas e pelo que eu vi todo mundo entendeu tudo certinho. Se elas tivessem alguma dúvida teriam perguntado pro Jean na hora que ele explicou.
  - É, tomara,  A Tati com aquele jeitão dela eu nem esquento, mas com a Ci eu fico meio “assim” ainda, mas sei lá, é só preocupação mesmo. Normal...
  - Eu tanto confio na Cibele que vou deixar ela usar meu carro no esquema hoje.
  - Sério? Pô, eu deixo o meu com ela e você deixa o jipão comigo então, pode ser? Imagina eu chegando no trampo mais tarde dirigindo o bichão? – brincava Renzo.
  Hanz olha pro amigo que se diverte com a idéia, mas mantém a seriedade da conversa.
  - É melhor usar o alugado aqui na cidade mesmo pra não despertar suspeita em relação à quilometragem, ou seja, eu terei que usá-lo e daí sobra o jipe pra ela. Devia ter pensado nisso antes, mas só hoje me veio isso na cabeça.
  - Mas será que ela tem os dons de dirigir o seu? O bicho é grande, não deve ser fácil não, ainda mais pra ela que não tá acostumada.
  - Não sei, espero que sim. Tem algumas diferenças, mas nada assim de tão estranho. É fácil pegar o jeito, acho que ela dirige na boa sim. E se ela der alguma ralada, o bichão tem seguro, não tem problema não.
  - Certo, então tá tranqüilo. Mas fica de pé a minha proposta, qualquer coisa pode deixar o bichão comigo. Me diz uma coisa: ela já sabe disso? Ela é medrosa pra dirigir...
  - Nem disse nada pra ela ainda meu. Quando ela for buscar o carro hoje ela fica sabendo. Só espero que o babaca do marido dela não venha me perturbar por causa disso também. Já não tenho mais paciência com esse sujeito, já deu já.
  - É, sei lá fiu, o Paulo anda muito estranho, não sei o que ele pode achar disso, ele nem parece mais o mesmo, implica com tudo. Até comigo ele anda esquisito ultimamente. Mas com quem será que eles vão deixar o moleque?
  - Não sei não meu, nem perguntei. Isso já é com eles, só faltava quererem que eu ajeite isso pra eles também né? O Paulo tá puto porque vai ficar de fora desse esquema de hoje também, mas pô, precisa ficar escroto desse jeito? O cara parece criança... agora tá com umas idéias de me chamar de “mano”... Nossa, se você soubesse como eu odeio isso.
  - Eu também não curto não fiu, mas comigo ele não fica com essas palhaçadas não, ele sabe que eu não curto.
  O telefone de Hanz toca, é Jean.
  - E aí Jean, o que você manda?
  - Tudo sossegado cara, só estou ligando pra avisar que eu liguei pra Cibele pra ver se tava tudo certo em relação ao esquema de hoje e pra variar o Paulo não estava em casa e a Cibele estava preocupada com ele. Se você tiver alguma notícia do cara me dá um toque.
  - Eu tô aqui na avenida com o Renzo espairecendo um pouco, se ele aparecer por aqui eu te aviso sim. Mas nem esquenta Jean, ele anda fazendo isso todo dia, eu já tinha te avisado.
  - É, eu sei. O cara tá xarope mesmo. Em todo caso me avisem se tiverem alguma notícia dele, tô com uma sensação esquisita em relação à esse cidadão.
  - Sei, eu também não curto nada esses papo dele, mas comigo eu sei que é pessoal... Bom, o importante é que tudo tá correndo dentro do programado, hoje à noite o bicho vai pegar.
  - Hoje é o dia cara. Tô na maior tensão aqui. Só fico preocupado com o Paulo, às vezes fico preocupado com o cara, de ele ferrar com a gente, mas acho isso difícil, se ferrar com a gente ele tá ferrando com a mulher dele também.
  - Com certeza Jean, e outra, isso aí é frescura do cara, ele tá puto porque não vai agir de novo, tenho certeza que não vai dar em nada isso, é pura frescura mesmo. Já me preocupei muito com ele também, mas pelo que andei investigando o cara tá é de babaquice mesmo, nem dá nada não.
  - Tomara cara, tomara. Mas beleza então, só queria te avisar disso. A Cibele disse que assim que ele chegasse eles desceriam na sua casa pra ela pegar o carro que vai usar hoje. De noite eu te dou um toque pra confirmar p horário da minha saída. Um abraço cara.
  Hanz resume pra Renzo a conversa e resolve atravessar a avenida pra comprar um cachorro quente, estava ficando com fome já.
  Renzo não aceita o convite pois não costuma comer enquanto bebe e fica esperando o amigo voltar, o que não demora muito.
  Ficaram alguns instantes em silêncio, Hanz saboreando já o segundo cachorro-quente e Renzo a sua cerveja, observando o movimento.
  O congestionamento nos dois sentidos da avenida era enorme, sem dizer do fluxo de pedestres, pessoas subindo e descendo, cumprimentando os conhecidos, som alto nos carros lustrados, mulheres bonitas desfilando pra lá e pra cá, grupos de skatistas, roqueiros, rappers e afins circulando em meio à multidão, enfim, a típica diversão de uma cidade interiorana.
  Parecia que toda a cidade estava lá.
  - Fiote, e aqueles sonhos que você teve? Nunca mais teve nada daquilo?
  - Não, foi só aquela vez que eu te disse. Tinha até me esquecido um pouco daquilo. Foi muito estranho cara, fiquei bastante impressionado com ele, mas não aconteceu mais.
  - Bom, então se eram algum tipo de sinal parece que não há mais necessidade dele. Assim espero, eu fiquei meio cismado com aquilo tudo também.
  - Ou então já consideram o recado como dado, agora é com a gente, entendermos o que quiseram dizer e colocar em prática...
  Renzo ficou olhando para o amigo com ar preocupado, enquanto ele terminava seu lanche.
  Permaneceram silenciosos por alguns instantes, cada um absorto em seus pensamentos, admirando o vai e vem de carros e pessoas.
  - Meu, é a quarta vez que esse cara sobe a avenida. – comentou Hanz referindo-se à um carro preto que acabara de passar por eles.
  - É assim mesmo, esses caras não tem nada pra fazer e ficam queimando gasolina à toa pra lá e pra cá. O dinheiro deve ser do papai mesmo, pra que se preocupar?
  - Esses boyzinhos são uma bosta mesmo. Em vez de pegar o carro e ficar curtindo na boa igual a gente, arrumar uma garota e ficar na boa, preferem ficar pra cima e pra baixo feito uns tontos.
  - É fogo mesmo fiote. Esses babacas só focam exibindo o carro que o papai deu pra eles, depois que chega um e enfia uma arma na boca deles daí eles falam que não tem sorte.
  - Quer saber Renzo, vamos sair fora? Vamos pra casa porque isso tá me enojando já. Não tenho estômago pra isso aqui não meu, na boa.
  - Beleza fiote, eu também empapucei, e imagino como você deve estar ansioso com a parada, aliás, a Cibele deve aparecer por lá pra pegar o carro, se é que já não está por lá.
  - Verdade meu, vamos nessa então. Você tá bem pra dirigir?
  - Fala sério né Hanz, essa cerveja não fez nem efeito!!!!
  Os dois resolvem voltar para a casa de Hanz. Infelizmente isso demoraria um pouco pois até conseguirem sair daquele congestionamento...

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